domingo, 19 de abril de 2009



SrtªNana: Senhor Kaulitz, como se sente depois da cirurgia às suas cordas vocais?
Bill Kaulitz: Ora, como se sente qualquer pessoa depois de terem enfiado um vara de metal pela garganta dentro enquanto estás sob anestesia, para que pudessem cortar qualquer coisa nas tuas cordas vocais.
Toda a gente conhece essa sensação, eu estou muito feliz por já ter despachado isto. Mas ainda tenho medo pela minha voz e sinto-me terrível pelos concertos que tivemos de cancelar.

SrtªNana: Por quanto tempo terá de descansar?
Bill Kaulitz: Não tenho permissão para falar durante 12 dias depois da cirurgia. Depois disso terei de ter quatro semanas de reabilitação. Mal posso esperar.

SrtªNana: Vamos falar dos ínicios. Diz-se que a criatividade se alimenta de memórias de mágoa e mortificação. A tua alimenta-se de quê?
Bill Kaulitz: O que mais me custou foi o divórcio dos meus pais. Eu tinha sete anos e não conseguia perceber. Isso influenciou-me muito. Há uma canção sobre isso no nosso primeiro álbum. Chama-se "Gegen Meinen Willen".

SrtªNana: Sabemos que o seu padrasto Gordon Trümper é professor de guitarra. O que faz o vosso pai biológico?
Bill Kaulitz: Ele é condutor de camiões e vive em Hanover.

SrtªNana: Quando tinha 8 anos a sua família mudou-se de Magdeburg para Loitsche, onde vivem apenas 700 pessoas. Como sentiu essa mudança?
Bill Kaulitz: Eu senti-me muito mal, porque não uma pessoa que goste do interior de maneira nenhuma. Pode imaginar como eu e o Tom nos destacávamos. As pessoas olhavam para nós como se fossemos uma espécie de extraterrestres completamente doidos.
A escola foi horrível também. Tinha de acordar às 5:30 todas as manhãs, para apanhar o autocarro para Wolmirstedt, e não chegava a casa antes das 16:30. Eu odiava isso! E ver todos os dias as mesmas caras na escola. Foi a pior altura da minha vida.

SrtªNana: Como reagiam os professores aos irmãos Kaulitz?
Bill Kaulitz: O Tom e eu estivemos sempre juntos até ao 7º ano. Depois fomos separados de castigo. Foi uma estalada na cara que nos afectou imenso. Até aí tinhamos estado sempre juntos. Somos gémeos idênticos e muito chegados. è claro que lutámos contra a transferência disciplinar, mas os professores disseram que não iriam conseguir aguentar porque eramos os dois uns faladores. Eu não era daqueles que levantava o dedo e depois falava num tom de voz calmo. Eu gritava sempre. A minha mãe era chamada à escola com muita frequência.

SrtªNana: A sua especialidade era reclamar os testes quando estes não eram entregues no prazo devido. Como adequeriram este tipo de conhecimento?
Bill Kaulitz: Eu sempre soube que não precisava da escola, porque iria ser um cantor. porque os professores me chateavam até mais não, eu estudei os meus direitos. Eu sabia o que lhes era e não era permitido fazer. Por vezes tinha professores que eram completamente horrendos. Alguns deles nem me diziam "Bom Dia" porque o meu cabelo estava espetado e as minhas unhas estavam pintadas de preto. Eles diziam que eu não podia ir para a escola assim. Um deles não me queria ensinar porque eu tinha aquele aspecto. Ele disse coisas como " A tua cabeça só serve para fazer penteados". Eu não era um aluno normal e não aguentava coisas destas.

SrtªNana: Como eram as suas notas?
Bill Kaulitz: Óptimas. Eu tive sempre uma média de 1,8. Era isso que mais chateava os professores.

SrtªNana: Os professores conseguiam magoá-lo?
Bill Kaulitz: Nem por sombras. Eu não era um doidinho, a roer as minhas unhas. Eu era muito confiante. Eu ia para a escola assim porque sabia que todos iriam olhar e os professores iriam falar sobre isso. Eu adorava isso. Eu queria chamar a atenção com o meu estilo. Era suposto as pessoas falarem de mim.

SrtªNana: Há pouco tempo atrás, vocês acabaram o secundário através da escola por correspondência. Qual a importância de saber distinguir Omelette de Hamlet?
Bill Kaulitz: Bem, as pessoas deveriam conseguir fazer essa distinção. Mas o sistema escolar não é muito individual. POrque é que tenho de estudar matemática quando nunca vou precisar dela na minha vida? Desisti da disciplina de música no 8º ano. Toda a gente ficou de boca aberta. Mas nós só aprendiamos as musicas de algumas pessoas de cor - inspiração zero. Eu sempre tive más notas em canto por que tinhamos de cantar canções tradicionais. Era horrível!

SrtªNana: Será que o antigo cliché que diz que a música é o bilhete para escapar à melancolia da provincia se aplica a si?
Bill Kaulitz: Sim. Eu sempre pensei: eu só tenho de me afastar desta terra, onde toda a gente se conhece! O pior de tudo para mim é a rotina. Odeio a rotina.É por isso que os Tokio Hotel são o mais correcto para mim. Todos os dias são diferentes: novas cidades, novas pessoas.

SrtªNana: Graças aos paparazzi vocês são constantemente vigiados. Isto é impertinente ou faz parte?
Bill Kaulitz: Quando eu era pequeno, eu imaginava como seria se tudo o que eu fizesse fosse gravado por câmaras e como seria publicado pelo mundo. Eu queria atenção sem limites. Agora consegui-a. Como é que me poderia sentir aborrecido com isso.

SrtªNana: Alguma vez alguém conseguirá ser tão importante para si quanto o Tom?
Bill Kaulitz: Não. Ultrapassa tudo. Eu não consigo imaginar a vida sem o Tom. Ninguém consegue descrever o quanto somos próximos. è qualquer coisa que ultrapassa os sentidos. Muitas vezes temos os mesmos pensamentos e sonhamos com as mesmas coisas. Para dizer a verdade nem temos de falar um com o outro.

SrtªNana: Muitos gémeos idênticos acham que os seus sentimentos extrasensoriais são uma tortura e arranjam cenários assassinos.
Bill Kaulitz: Nós discutimos é claro. E se tivermos uma discussão é mau. Atacamo-nos um ao outro e batemos um no outro. Há um ano atrás atacámo-nos com cadeiras num quarto de hotel. Mas não guardamos rancor. Batemos as portas, um de nós desaparece e dez minutos depois já falamos um com o outro de novo.

SrtªNana: Qual é aquele com que te identificas mais: o Bill natural ou o maquilhado?
Bill Kaulitz: Definitivamente o maquilhado. O Bill natural é como uma máscara para mim. Eu também andaria assim mesmo sem ser famoso. Faz parte de mim.

SrtªNana: Quem te vê no teu estado original?
Bill Kaulitz: A minha famíliá. E é só.

SrtªNana: Os miúdos famosos são a espécie mais facilmente corrompível de artistas, porque quanto mais velhos se tornam mais se destroem a si próprios. É capaz de fingir um problema de vez em quando para manter o interesse na sua imagem?
Bill Kaulitz: É muito importante mostrar que não se é perfeito. Mas eu não stresso com isso. Planear algo como isso para que os teus fãs não fujam, é mau. O que eu sempre odiei desde o início, foram as bandas mais antigas ou alguém da companhia discográfica a querer explicar-me como isto funciona. Não existe tal coisa como conselhos! Nas nossas primeiras reuniões com a companhia discográfica, queriam dar-nos um estilista que supostamente trabalharia a nossa aparência. Ainda hoje não tenho um estilista para que não me digam o que vestir. Ia sentir constrangido. Também decidimos cada concerto e cada contrato sozinhos, porque eu acho que é muito mau não ter poder de decisão.

SrtªNana: Quem é que lhe pode dizer não?
Bill Kaulitz: No que diz respeito ao trabalho: ninguém. Nem os managers nem a companhia discográfica. Os únicos que eu ouço são os meus melhores amigos e a minha família. A minha mãe pode dizer-me: " Bill isso é doentio!" e eu fico a remoer nisso.

SrtªNana: Os seus pais ainda tentam controlá-lo?
Bill Kaulitz: Tenho de dizer que a nossa mãe nunca o fez muito. Fazer os trabalhos de casa era uma opção nossa. Ela dava-nos espaço mas continuava a olhar por nós. Existe uma confiança enorme entre nós. Somos amigos. Não existe nada que eu não contasse à minha mãe. E eu nunca tive um segredo que ela não conhecesse. Quando eu cheguei a casa bêbado pela primeira vez, ela disse-me o que pensava sobre isso, mas eu não precisei de ter medo dela.

SrtªNana: A sua mãe pede-lhe para ter um cabelo normal pelo menos no Natal?
Bill Kaulitz: Não. Ela não se importa. Eu pintei o meu cabelo pela primeira vez quando tinha 9 anos. Eles alternavam de cor entre o verde, azul, branco e preto. Fiz o piercing na sobrancelha quando tinha 13. Ela era muito descontraída.

SrtªNana: Cerca de 200 raparigas desmaiaram devido ao uso de ecstasy durante vossos concertos, elas seguram posters a dizer " "Fuck me through the monsoon". Como é que se sente sabendo que milhões de raparigas projectam as suas fantasias sexuais em si?
Bill Kaulitz: Não penso muito nisso para dizer a verdade. Ás vezes olhamos uns para os outros e acabamos por rir, porque não conseguimos imaginar que alguém tem um dos nossos posters nas suas paredes. Mas eu sempre pensei que is ser fixe estar nas paredes de alguém. No passado, eu ficava frequentemente no meu quarto, pensando no que o meu ídolo, a Nena, estava a fazer, onde estava e no que estaria a pensar. Custam-me a acreditar que agora outras pessoas se sentem nos seus quartos e pensem em mim. Para mim, eu sou tão normal, não temos nada de especial.

SrtªNana: Com que frequência pensa em si na terceira pessoa?
Bill kaulitz: Ás vezes. Mas acidentalmente. Quando não me sinto motivado para fazer algo, eu penso: Bill tens de fazê-lo de qualquer forma porque é o melhor para a banda.

SrtªNana: A vossa aparência confiante em público parece incomodar algumas pessoas. Existe uma diferença entre o Bill personagem e o Bill real?
Bill Kaulitz: Guardas sempre qualquer coisa para ti. Mas tirando isso, não existem grandes diferenças. Os últimos três anos foram uma corrida sem pausa. Não havia uma pausa quando cgegavamos a qualquer lado onde pudessemos ter algum tempo para nós. Mesmo em tour tinhamos sempre câmaras à nossa volta, 24 horas por dia. Como é que podes fazer alguma coisa que ninguém saiba logo umas horas depois? Mas isto foi o que eu sempre quis. E por isso tenho de concordar com isto.

SrtªNana: Aqueles que invejamos raramente se sentem invejados. Qual é a coisa mais chata sendo o Bill?
Bill Kaulitz: O maior problema para pessoas como eu é a confiança. É difícil para mim acreditar em alguém e deixar-me ir. Durante os últimos anos não fiz amigos novos e não me apaixonei. Quando conheço alguém sou muito cuidadoso e céptico e pergunto para mim mesmo: "O que estará por trás disto?" Muitas vezes se conheçe pessoas que acabam por ser estranhas ou que vão a correr contar qualquer coisa à imprensa. Se eu não fosse tão famoso, provavelmente já me teria apaixonado à muito tempo, por alguém que tivesse conhecido.

SrtªNana: Quem lhe traiu mesmo a confiança?
Bill Kaulitz: Eu nunca me deixei ir tão longe para que alguém tivesse a oportunidade de fazer isso. Eu uso um escudo. Sair e conhecer alguém sem ter de contar de antemão é a maior coisa que se pode fazer. Porém, a minha vida agora é aquilo que sempre quis.

SrtªNana: Será o problema da confiança que faz com que estrelas frequentemente prefiram andar com outras estrelas?
Bill Kaulitz: Sim. Angelina Jolie não tem de se preocupar se o Brad Pitt apenas a usa para se tornar famoso. Uma celebridade prefere alguém que tem o mesmo estilo de vida e se mode dentro desse estilo de vida. As minhas namoradas nunca compreenderam porque é que eu ia para a nossa sala de ensaios depois da escola e porque é que eu preferia actuar em clubes no fim-de-semana, em vez de me sentar em frente da TV com elas.É claro que hoje em dia ainda é mais difícil. Quem é que quer viver esta vida contigo? E claro a pessoa também teria de compreender que não podes desistir desta vida.

SrtªNana: Quando foi a última vez que esteve apaixonado?
Bill Kaulitz: À três anos e meio atrás. Ainda não encontrei o meu grande amor. E acho que nem toda a gente o acha. E se encontra é apenas uma vez. Na minha situação, eu precisaria de muita sorte para o encontrar.

SrtªNana: Com apenas 18 anos não prefere apenas curtir?
Bill Kaulitz: Não sei. Precisamente por causa da vida que levo eu preferiria encontrar o grande amor em vez de andar a curtir. Eu quero partilhar o meu pouco tempo com alguém que eu possa dizer: É ela!

SrtªNana: Alguma vez disse "Amo-te" a uma rapariga?
Bill Kaulitz: Sim. Mas não o senti. Deveria ter dito "Gosto de ti". Quanto mais velho fico, mais seriamente encaro essas diferenças. Provavelmente o Tom está sempre a dizer "Amo-te" ás raparigas para as levar para a cama.

SrtªNana: Vocês competem pelas mesmas raparigas?
Bill Kaulitz: Gostamos do mesmo tipo. E as nossas namoradas eram sempre amigas umas das outras. Era sempre terrível porque juntavam-se contra nós. O nosso primeiro beijo aconteceu com a mesma rapariga. O Tom foi o primeiro. No dia seguinte, ela beijou-me a mim. E pronto depois os dois ultrapassámos essa situação. Oh Deus, nós achámos horrível - tão terrivel como qualquer primeiro beijo é.

SrtªNana: Que idade tinham nessa altura?
Bill Kaulitz: Onze. Ela tinha mais três anos e mais experiência.

SrtªNana: Quando foi a primeira vez do Tom?
Bill Kaulitz: Ele tinha 14 anos, se não me engano.

SrtªNana: Diz-se que o Tom corre todas as mulheres como se não existisse amanhã.
Bill Kaulitz: Eu deixo-o fazer o que ele quer. Se ele tem coragem para meter qualquer pessoa na cama dele todas as noites. Eu não consigo imaginar isso. Mas nós somos muito diferentes no que diz respeito a isso.

SrtªNana: O vosso colega Robbie Williams uma vez disse-nos que há dois tipos de groupies na Alemanha. Umas que querem tirar uma fotografia durante o sexo para ter uma prova para mostrar aos seus amigos. As outras perguntam" Robbie, tens a certeza que os teus sentimentos por mim são reais?" durante o sexo.
Bill Kaulitz: O Tom também me disse isso. Como andamos tanto na estrada, eu nunca levo ninguém para a minha cama. Enoja-me, ter alguém que eu nem conheço na minha cama todas as noites. Eu ainda não cheguei a esse ponto. Eu não teria confianças para levar uma rapariga para o meu quarto por uma noite. A única coisa que tens de privado enquanto andas em tour, é o teu quarto de hotel. E deixar alguém dormir lá por uma noite - não, eu fico muito céptico.

SrtªNana: Já fez sexo?
Bill Kaulitz: Eu quero que isso seja o meu segredo.(áH... Ele num quis falar, desculpem fãns fiz o maximo que pude)

SrtªNana: Surpreende-o que algumas pessoas pensem que é gay?
Bill Kaulitz: Nada mesmo. A maioria delas tem esta maneira cliché de pensar: maquilhagem mais cabelo tratado é igual a gay. Eu queria afirmar uma posição, confirmar que este não é o caso. Qualquer pessoa pode fazer o que quiser. Uma coisa não tem necessariamente de estar ligada à outra.

SrtªNana: O que faria se pudesse ser uma rapariga por um dia?
Bill Kaulitz: Definitivamente não andaria metido com o meu irmão.

SrtªNana: E?
Bill Kaulitz: Oh Meu Deus, o que faria eu? Provavelmente as mesmas coisas que faço agora, porque não tenho de mudar.

SrtªNana: O que gostaria de proibir às raparigas?
Bill Kaulitz: Não serem ciumentas, porque o ciúme é muito importante. Quando estou apaixonado eu reclamo imediatamente tudo para mim e não largo mais. Eu ficaria doido se a minha namorada me dissesse: "Bill, eu não me importo com aquelas raparigas a gritar. Eu confio totalmente em ti".

Srt[Nana: Alguma vez sofreu uma desilusão?
Bill Kaulitz: Não. E também nunca desiludi ninguem. A lealdade é das coisas mais importantes para mim.

SrtªNana: Como é que aborrecia as suas namoradas?
Bill Kaulitz: Eu falo muito alto. O dia inteiro. E uso muito as mãos e os pés. E nunca deixo os outros falar. Toda a gente fica aborrecida com isso.

SrtªNana: O que é mais difícil: amar outra pessoa ou amar-se a si mesmo?
Bill Kaulitz: A si mesmo. É muito difícil aceitar tudo o que se é. Existem imensos momentos em que eu me sinto inseguro e adorava poder fazer um buraco para me enfiar, puxar um cobertor por cima de mim e ficar aí por um ano. Ás vezes fico feliz por andarmos a esta velocidade tendo um concerto depois de outro, desta forma não tens tempo para pensar muito. E não tens tempo para a solidão.

SrtªNana: Consegue viver sem uma Celeb-sitter (espécie de baby sitter para as celebridades que faz coisas do quotidiano por eles visto que eles não podem sair à rua como as pessoas comuns)?
BK: Eu não consigo por exemplo dirigir-me a uma padaria. Portanto obviamente que tenho alguém que faz essas coisas por mim mas acho que ainda não cheguei a esse ponto. O meu problema é que sou demasiadamente perfeccionista. Não deixo que os outros façam outras coisas por mim. É algo anormal - e cada vez está pior. Tudo tem de ser feito ao detalhe para que eu possa saber o que se aproxima. Senão endoideço. O Tom também é assim stressado, embora nós paguemos a pessoas para nos aliviarem de certos stresses. Mas nós criamos tudo isto, portanto é muito difícil para nós quando outras pessoas “põem as mãos” nos Tokio Hotel.

SrtªNana: Também gere as suas próprias finanças?
Bill Kaulitz: Sim, já o fazia quando tinha 13. Tenho acesso a todas as contas e controlo-as tal como controlo a minha carreira.

SrtªNana: Sabe quanto dinheiro tem?
(Uma mulher da editora com um quadro na mão grita do fundo da sala: “Não há conversas sobre dinheiro!”)

SrtªNana: Quando tenciona comprar uma nova casa para os teus pais?
Bill Kaulitz: Assim que possa pagar uma. Eu definitivamente gostaria de viver junto dos meus pais. Nós somos tão próximos. E não pensaria nisso como uma seca. E não existem limites ao ponto de eu dizer tal coisa como:” Oh deus, vocês têm que sair agora, por favor.”

SrtªNana: Vamos imaginar que era raptado. Na sua opinião qual seria uma quantia razoável?
Bill Kaulitz: A quantia que os meus amigos e família estivessem dispostos a pagar. Mas claro que recuperariam o seu dinheiro mais tarde.

SrtªNana: O que pensa sobre a “queda” da Britney Spears?
Bill Kaulitz: Não consigo perceber o que acontecer porque eu vivo o mesmo tipo de vida que ela. Mas consigo imaginar o que as pessoas de fora pensam. “Ela tem dinheiro, ela tem tudo, porque não pode ela relaxar?” Eu não me imaginava a fazer uma carreira a solo e ter de viajar pelo mundo inteiro sozinho. Acho que não seria capaz de aguentar a pressão.

SrtªNana: A Madonna disse em 1991: “Eu terei sorte quando for tão popular quanto Deus.” Uma pessoa conveniente não acha?
Bill Kaulitz: É uma frase engraçada de facto. Mas percebo totalmente o que ela quis dizer porque não existe um limite. Tu não dizes:” Bem, agora sou popular na Alemanha, chega.” Tens sempre a pressão de ser o mais popular possível no maior número de sítios possível. Mesmo que eu seja rico e tenha a minha própria ilha eu continuaria a minha carreira. É verdade: A fama é uma droga. A extracção seria um grande choque e seria muito difícil para mim.

SrtªNana: Se as drogas não fossem ilegais: Qual gostaria de experimentar?
Bill Kaulitz: Algo relaxante que me mudasse de uma maneira em que eu não teria de controlar nada, nunca mais.

SrtªNana: Nos seus sonhos é uma estrela?
Bill Kaulitz: Uma vez tive um pesadelo: Estava deitado num quarto de vidro, numa cama e a minha volta estavam fotógrafos que tiravam imensas fotos ao mesmo tempo. Eu disse a um dos da nossa equipa: “M****, m****, não podes mandá-los embora? Mas ele disse: “Não posso faze-lo. Tinhas uma marcação e adormeceste”. Mas eu nunca falho uma marcação. Tenho sempre três despertadores de forma a não adormecer. E sou sempre pontual.

SrtªNana: Porque é que nunca ninguém o viu dançar?
Bill Kaulitz: Eu nunca danço. Apenas me sento num canto, só se estiver extremamente bêbado. Ai eu faço-o. Eu acho que dançar é coisa de rapariga. Apesar disto parecer um pouco retrógrado: Somente as raparigas tem de dançar em todo o lado.

SrtªNana: Já alguma vez pensou no seu próprio funeral?
Bill Kaulitz: Tenho que dizer: Sim. Os meus amigos, que têm a mesma idade que eu, também pensam sobre isso. Tu imaginas quem lá estaria e quem realmente choraria por ti.

SrtªNana: Que música iria ser tocado no seu enterro?
Bill Kaulitz: “Magic Dance” do David Bowie do filme “Labirinto”. É realmente uma canção engraçada e o “Labirinto” é o filme da minha infância. Ainda o adoro.

SrtªNana: O que levaria vestido no seu funeral?
Bill Kaulitz: Vestiria me todo de preto com um casaco de cabedal. O meu último desejo seria realmente que o cabelo estivesse arranjado. Espero que nessa altura ainda tenha cabelo. Se não alguém teria que por uma peruca na minha cabeça

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